sábado, 17 de novembro de 2012

Provérbios!!

1=A açorda faz a menina formosa e a velha gorda
2=A afeição cega a razão
3=A água é a melhor...
4=A alegria atrai...
5=A amar e a rezar,ninguém pode...
6=A aranha vive do que...
7=A boa vontade faz do longe...
8=A xuriosidade matou o ...
9=A dor ensina a ...
10=A experiência é a mãe da...

Anedota!!

Um cão vai passar umas férias para o Algarve.Quando lá chega,encontra um gato e faz:
-Au,au!!!
-Responde o gato:
-Au,au,au!!!
Pergunta o cão:
-Au?!Ma tu não devias fazer miau?!
-Sabes-diz o gato-,aqui no Algarve quem não sabe mais do que uma língua não vai longe!...

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Texto Publicitário!

 


                        Antenção senhores passageiros.... Próxima paragem ,estação da morte!

                                                           Seja iluminado, não fume!
                                                                                                                              Felipe Oliveira:6ºA

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A Busca em lugar errado!

Um vizinho encontrou Nasruddin ajoelhado a procurar qualquer coisa.

-O que anda a procurar,mullah?
-A chave que perdi.
E puseram-se,então,os dois de joelhos,a procurar a chave;e,depois de algum tempo:
-Onde foi que a perdeu?-disse o vizinho.
-Na minha casa.
-Oh,Santo Deus,então porquê procurá-la aqui?
-Porque há mais luz cá fora.


                                                                                                                    Anthony de Mello
                                                                                                                    O canto dos pássaros
                                                                                                                    Lisboa,Ed. paulinas,1998

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Gasolina,a Gansinha que não queria ir para a escola grande!


 
 


 

Numa pequena aldeia de província chamada Guardagansos, vivia uma gansinha que, por estes dias, apresentava um ar bem pálido. As asas de Honorina tremiam e a gansinha tropeçava nas suas grandes patas. E, contudo, nem sequer era a época da caça. Nessas alturas, muitos gansos ficavam doentes de pura inquietação. A mãe colocou o termómetro debaixo da asa da filha, como fazem todos os gansos quando querem saber se têm febre.
─ Não tens temperatura ─ anunciou. ─ Tanto melhor.
Por precaução, chamaram o Dr. Campo, o médico da capoeira. Este chegou de bicicleta, vestido com um smoking, e trazia um charuto ao canto do bico. Era a sua indumentária habitual:
─ Não vejo faringite, nem laringite, nem otite, nem apendicite, nem sinusite, nem dinamite ─ concluiu, após uma breve observação da doente.
Tirou o livro de receitas do casaco, pegou numa pluma das suas e molhou-a no seu tinteiro. Escreveu: doze bombons de morango por dia, um chocolate quente (com muitas natas), e uma fatia de bolo de castanhas.
─ Porquê bolo gelado de castanhas? ─ interrogou-se a Mãe Gansa, que se espantava sempre com as receitas do Dr. Campo.
─ Porque é delicioso e, neste momento, a sua filha precisa de mimos ─ respondeu o desconcertante médico.
E sussurrou ao ouvido da mãe:
─ Sei perfeitamente qual é a doença da Honorina. Tem dores de escola!
─ Dores de escola? ─ espantou-se a mãe.
Com o seu dedo patudo, o médico indicou na sua agenda a data do primeiro dia de aulas. A mãe sorriu, cúmplice. O extravagante médico tinha razão. Honorina tinha pavor de ir para a Escola Grande.
Desde o início das férias que a mãe lhe dizia:
─ Atenção, Honorina! Vais entrar para a Escola Grande. Na Escola Grande, acabaram-se os brinquedos, o trenó, as bonecas, as casinhas, os bombons, os aniversários. É uma escola a sério!
Quantas vezes tinha a gansinha ouvido já esta expressão “É uma escola a sério!”? Todos lhe diziam que agora era crescida: a tia, a avó, a padeira… E Honorina perguntava-se o que se faria de tão sério assim naquela escola.
─ Talvez tenhamos de fazer o pino. Talvez tenhamos que pintar com as nossas próprias plumas. Talvez tenhamos que conhecer todas as plumas da capoeira. Ou contar milhares de grãos. E talvez nos enfiem num quarto escuro em vez de nos deixarem ir ao recreio e nos depenem como se fôssemos galinhas vulgares…
Está-se mesmo a ver que Honorina tinha uma imaginação muito fértil… O que é normal quando nos sentimos inquietos. Morria de medo só de pensar em todas aquelas hipóteses. Não se costumava dizer “Burra como uma gansa”? Talvez se rissem dela na turma, caso dissesse uma asneira tão grande como ela. E se lá só houvesse perus, pavões, e uma professora galinha insolente, que cacarejaria com má cara e distribuísse bicadas a torto e a direito? Quando Honorina fechava os olhos, via uma casa enorme, enormíssima, com paredes brancas e frias como um hospital. E via-se perdida, no meio daquilo tudo…
Quando a pequena gansa estava a pensar nisto tudo, a mãe entrou no quarto com uma chávena de chocolate quente e uma fatia de bolo de castanhas. Sentou-se e, enquanto acariciava a testa da filhinha, abanava a cabeça. Não sabia como a sossegar. Ela própria não se sentia sossegada. Tinha a impressão de que a sua menina tinha crescido depressa demais, e de que não precisava tanto da mãe. Vê só como se metem ideias falsas na cabeça das pessoas! É que a Honorina achava que a mãe queria ver-se livre dela!
Perguntou à mãe, num fiozinho de voz:
─ Mamã, quando eu for para a Escola Grande, vais estar sempre por perto para me fazeres um chocolate quente? E haverá lá alguém para me ajudar, quando eu me sentir perdida?
A mãe pôs a asa em volta da filha. Os olhos brilhavam-lhe:
─ Honorina, não te apoquentes. Eu vou estar lá contigo, sentada num cantinho da tua secretária.
E murmurou outras coisas ao ouvido da filha, coisas que só as mães sabem dizer às filhas. Histórias que falam de uma criança que cresceu, mas que ainda é criança.
Honorina sorriu. Sentia-se muito melhor. Seria o efeito do chocolate quente, do bolo, ou das palavras açucaradas da mãe? Os seus olhos pestanejaram. Sentia-se tão segura agora que adormeceu debaixo da asa da mãe.

É tão bom, às vezes, ainda ser pequeno …

Sophie Carquain, via Eduarda Abreu